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Fepam encerra atendimento a vazamento de combustível em Torres

A apuração do dano ambiental deve ser finalizada até o final de março

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Técnicos acompanharam todo o trabalho por dez dias

Após 10 dias de trabalho, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) deu por encerrada a emergência do vazamento de gasolina em um posto de combustíveis em Torres. O incidente teve seu início no dia 24 de fevereiro e encerrou em 6 de março. A apuração do dano ambiental deve ser finalizada até o final de março.

“A ação conjunta entre a Fepam e outros órgãos, como Defesa Civil, conseguiu evitar um desastre maior, mostrando, desse modo, a efetividade da nossa atuação e dos técnicos, que trabalharam com afinco e dedicação durante esses 10 dias para garantir a segurança da população e a mitigação dos danos ambientais”, destaca o presidente da Fepam, Renato Chagas.

As atividades de abastecimento de combustíveis do empreendimento seguem suspensas. Outras ações de monitoramento e de remediação de áreas continuam sendo realizadas via processo de licenciamento.

“O sistema de comando integrado entre Fepam, Bombeiros, Defesa Civil, secretarias do município de Torres, Polícia Rodoviária Federal, Corsan, Polícia Militar, Batalhão Ambiental, empresas privadas e proprietário do posto, e a colaboração da população foram fundamentais para o sucesso das atividades, preservação da vida, do patrimônio e da redução dos riscos ao ambiente”, salientou o chefe da Emergência Ambiental da Fepam, Rafael Rodrigues.

 

Entenda o caso

1º dia – 24 de fevereiro

A Fepam foi acionada por volta das 22h15 de sexta-feira, dia 24 de fevereiro, quando recebeu a informação da ocorrência de um possível vazamento de combustíveis em um posto em Torres. Imediatamente, os bombeiros, juntamente com outros órgãos de controle, fizeram a evacuação de dois prédios.

Enquanto isso, a Fepam realizou o acionamento de empresas parceiras para obter auxílio na disponibilização de recursos necessários para a detecção do vazamento. A Fundação também solicitou a liberação da PRF e da concessionária CCR via Sul para caminhões com placas de produtos perigosos transitarem pela BR-101 após as 22h, caso fosse necessário realizar o esvaziamento dos tanques.

Ao chegar ao local foi verificado que todas as ruas da quadra onde se encontra o posto estavam isoladas. Iniciaram as medições de explosividade e a equipe da emergência verificou, em dois pontos próximos aos tanques de combustível, a presença de 29% e de 11% do índice LEL (Limite inferior de explosividade), o qual define o risco de ocorrer uma explosão, indicando, assim, um possível vazamento.

Devido a isso a equipe optou por esvaziar todos os tanques de combustíveis. O transbordo ocorreu durante a madrugada.

2º dia – 25 de fevereiro

Ao finalizar o transbordo foi constatado que alguns pontos ainda apresentavam explosividade. Os isolamentos foram mantidos e, como medida de contenção, as caixas de esgoto nas ruas foram abertas para a ventilação do sistema de tubulações.

Foram feitos os testes de estanqueidade, os quais mostraram que apenas um dos tanques de gasolina indicava vazamento. As atividades do posto foram suspensas.

3º dia – 26 de fevereiro

Durante o domingo (26), foi realizado o processo de desgaseificação dos tanques e o início da quebra do piso para acesso.

4º ao 6º dia – 27 de fevereiro a 1º de março

Foram iniciadas as remoções dos tanques, que se estenderam até o dia 1º de março.

7º ao 10º dia – 2 a 6 de março

As ações de rescaldo continuaram até o dia 6 de março, com a remoção de terra contaminada, retirada de todas as tubulações, bombas de combustível, instalação de tapume e telhado sobre a cava onde estavam os tanques e sucção.

 

Investigação de contaminação

Paralelo às atividades de emergência, iniciaram os trabalhos de investigação de contaminação e delimitação da área atingida pelo produto. Primeiramente, foi feita a medição de compostos orgânicos voláteis (VOCs) em alguns pontos da garagem de um dos edifícios do perímetro.

Após, foram instalados 15 poços de monitoramento, a fim de realizar coletas de água e solo, com o objetivo de verificar o grau de contaminação e as medidas de remediação possíveis para a recuperação da área afetada. Esses dados ainda estão sendo apurados pelos técnicos da Fepam.

 

Texto: Jéferson Cardoso / Ascom Sema-Fepam

FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental